#9 A oportunidade que eu não podia ignorar (e o que aprendi ao abraçar o desconhecido)
Como eu vim parar aqui?
(e por que decidi voltar a escrever)
Essa newsletter ficou dormindo por uns 6 meses.
E tanta coisa aconteceu de lá pra cá.
Decidi voltar com uma série de artigos contando um pouco da minha jornada no trabalho novo, dos aprendizados como empreendedora e algumas dicas pra quem está passando por algo parecido.
Como eu vim parar aqui?
Sou uma pessoa curiosa e extremamente resiliente.
Daquelas que não consegue ficar muito tempo fazendo a mesma coisa, eu preciso aprender algo novo todo dia. Minha cabeça tá sempre tentando resolver problemas e encontrar novas respostas.
No ano passado, me dediquei totalmente ao Ateliê Jardim Urbano.
Foram tantos aprendizados que minha vida virou do avesso (no bom sentido. claro): aprendi o que significa ser empreendedor e autônomo no Brasil, entendi as dores e a solidão de quem tá tentando fazer um negócio funcionar… e enfrentei muitos medos.
Ah, os medos.
Porque não importa o quanto você saiba, tenha experiência ou esteja cheio de vontade, nada disso sustenta um negócio se você não conseguir vender, ter clientes recorrentes e manter o mínimo de fluxo de caixa.
O que eu aprendi sobre o fluxo de trabalho em um negócio próprio
Trabalhando como CLT a vida toda, eu não fazia ideia da dimensão (e da importância!) que um fluxo de trabalho claro tem nas etapas de desenvolvimento de um produto ou serviço.
E, principalmente, como fornecedores e parceiros bons fazem TODA a diferença no resultado final.
Todo mundo quer vender uma solução milagrosa: as agências prometem a melhor campanha, o melhor copy, o criativo mais poderoso. Os fornecedores garantem a melhor matéria-prima do mercado.
Mas o que ninguém te conta é que nenhum deles conhece o seu cliente tão bem quanto você.
Só você sabe os detalhes da sua jornada de venda, os problemas que podem surgir, as perguntas que o cliente vai fazer, e como garantir que a entrega final tenha qualidade.
A única pessoa preocupada com tudo isso é você.
Antes, eu não entendia bem aqueles valores que todas as empresas enfiavam em todo material de onboarding e nas apresentações: “senso de dono”, “vestir a camisa”, “comprometimento”. Hoje eu entendo: esse senso de pertencimento é o que faz a engrenagem girar.
Sem ele, nenhuma empresa entrega o que promete.
Sem pessoas comprometidas com o que você está tentando fazer e vender, fica mais difícil chegar onde você espera.
Mas o que tudo isso significa?
Só existe uma Isabela. E só existe um Ateliê Jardim Urbano.
A minha vontade de fazer o negócio dar certo, a forma como eu aplico tudo o que aprendo na prática, só eu posso fazer isso.
O conhecimento do Rafael, a experiência que ele tem e a determinação de transformar a empresa, só ele tem.
A agência que não entregou os resultados que prometeu? Vai continuar pegando outros clientes e repetindo o mesmo ciclo. Mas eu, do meu lado, preciso continuar tentando, ajustando e repensando.
Sabe aquela ferramenta nova de IA? Aquela estratégia de negócios que você viu no LinkedIn? Aquela ideia maluca que ninguém levou a sério? Só você vai ter o interesse real de testar, de aplicar. Sabe aquela ideia de ter um mini banco de dados, para analisar seus clientes, seu perfil de compra, sua jornada? Só você vai atrás para aprender como desenvolver e colocar em prática.
Porque o seu negócio é parte da sua história; não só mais uma empresa tentando crescer.
O maior aprendizado foi: não aceite conselhos prontos como verdades absolutas (principalmente de quem está tentando te vender algo!)
Confie na sua intuição. Ela está sempre tentando te guiar.
E lembre-se: não existe um caminho perfeito; existe tentativa, validação e replanejamento.
Hoje voltei a trabalhar com “carteira assinada”.
Na verdade tem 4 meses que venho combinando aprendizados do mundo corporativo com o mundo autônomo.
No próximo artigo, vou contar como ser demitida no ano passado, focar no meu próprio negócio e começar um novo desafio ressignificou minha relação com o trabalho, e comigo mesma.
Até já